que
me sucumbe
é
o que me suporta.
O
mesmo riso
que
me enfeita
é
o que me dissimula.
A
mesma ânsia
que
me transporta
é
a que me repete.
A
mesma paz
que
me transcende
é
a que me retarda.
A
mesma vontade
que
me anima
é
a que me esconde.
A
mesma dor
que
me hospeda
é
a que me desafia.
A
mesma busca
que
me intima
é
a que me aniquila.
O
mesmo amor
que
me transborda
é
o que me esgota.
E
eu diante
de
tantos mesmos
impasses,
que
faço agora
com
tanta mesma
e
inútil incoerência?