Eu sou, como nós somos...
Anjos vorazes audazes
desafiando, aceitando a
sorte.
Do poço profundo
enganoso
à luz transparente de
orvalho,
do lago estagnado
lodoso
ao vento estremecendo
lento,
- somos o que somos.
Obstinados espreitamos
um norte,
farejando sem trégua um
claro atalho,
contendo a ansiedade num
tempo
em que se almeja escolhas
capazes.
Lançado aberto o
pensamento
que é quase gesto,
quase ato,
pesa e liberta o paralelo
gerado.
Mesmo assim, haverá
redenção:
uma forma de um dia
suspirar
e enfim, se chegar a
algum lugar.