à minha pseudo
solidão
nem às evasivas
respostas
quando ainda tateio
morosamente.
Minha urgência ainda
será tanta,
como foi e ainda é!
Somente ando de alma
despida, afiada
e senão de mim virá o
socorro,
o farol luzente, o
aceno,
a bússola ao rumo do
vir a ser.
Momento sazonal,
assim como as estações.
Mas não me pesa nem
me tolhe o acúmulo
dos insucessos (se
forem)
e do que deixo além,
porque também humildemente
e radiante
presenteio-me com pequenos louros
quando os mereço e
sei.
Estampo-os no meu
riso vez em quando
e na minha total
insolência choro de emoção.
Saibam também, estou
perto
dos que me amam,
rendo-me aos que
assim me têm,
nem mais nem menos
diferente
dos que não me veem,
vibro no silêncio
preencho-me de todos,
transmuto!
Lanço a poesia, derramo
aos puros,
aos iguais, aos que
tem fome de vida
e aceito o desafio de
ser partícula
em constante maturação
(as palavras
cravam fundo, tem o
poder de mil ações,
que sirvam a quem fazem
sentido)
Confesso a mim mesma
meus pecados
e me perdoo em algum
tempo.
Sem tristezas, sem flagelos
que me abalem
ou ilusões que me
entorpeçam
tenho a coragem de me
olhar
como criatura de um
criador
e em mim ele está.
Do livro
QUASE ARAGEM