Prostrada
na devoção
ora
me enlevo
ora
me desespero.
Quem
somos sozinhos
em
meio a multidões
sem
histórias?
Retemos
páginas viventes
e a
esperança de outras
subentendidas
nas palavras
e
edificadas no olhar.
Retemos
sensações viscerais
e o
arrebatamento
perante
o que poderia ser.
Ouvimos
nosso pranto
e o
carinho cingido,
torpor
aquecendo a alma.
Que
elo é esse que prende
sem
amarras nem perguntas,
sem medidas
nem cansaço?
Esgotamos
argumentos,
tentativas
que justifiquem
perdermo-nos
à deriva.
Obedecemos
a escolha
do
pensamento extasiado
enquanto
nos declara
o
que pressagia o amor.