domingo, 18 de novembro de 2018
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
sábado, 7 de julho de 2018
AO OUTRO QUE ESTÁ EM MIM
Bem
sei me dirás,
que
este arremesso constante
à
direção da dor
é
covardia, exagero,
autodegeneração.
Direi
não ser hipócrita.
Direi
também sofrer
de
atração congênita,
ao
rebuscar matéria-prima,
num
desafio ousado
à
sobrevivência.
Que
em cada segundo
impera
a intensidade
e
preciso viver todos,
indiscriminadamente.
Mesmo
assim ilhada,
neste
obstinado farol
que
me armazena de realidades,
ainda
brotam sementes,
cultivadas
como segundos e lágrimas.
De
onde às vezes ressuscito
pelo
outro que me aborda,
de
densa aura nivelada,
triturando
sementes estéreis.
E
não me negarei ao socorro
para
o que é sombra
e
já está em mim.
Então
levito ressurgida
quando
me estendes a mão
e
te ofereço minhas flores.
Dispensarás
tua máscara.
Aí
então te reconhecerei.
sábado, 23 de junho de 2018
TEU DESEJO
Sabiamente,
ousadamente,
sussurras tua
intenção devassa.
Libero as
barragens das minhas veias
e como um rio abundante, devastador,
percorre em mim
teu desejo.
Reacende em tempo
o mesmo querer do cio,
enquanto
entranhas, pele, músculos, pêlos
estremecem ao
chamado.
Teu desejo entra
em mim
consentindo o pecado.
(Excita mais,
sendo assim dito e marcado,
-
pecado. Sublime ato.
Pois nada se opõe
à natureza
que nos criou
voluptuosos e infames,
fugazes e
pérfidos, promíscuos e profanos.
No êxtase de
seguirmos seu curso,
somos belos, somos
perfeitos).
Teu desejo me
licencia à luxúria
desregrada e permissiva,
sem remorsos, sem
máculas, sem amarras.
Incita e traz a
lembrança da vida.
Que será sempre
justificada
na harmonia da
pulsão de todos os corpos.
Teu desejo me cria
assim, lasciva,
sensualizando em
pensamento, palavras.
Semeias semens na
minha alma.
E versejo
orgasmos.
quarta-feira, 25 de abril de 2018
terça-feira, 17 de abril de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
ANSEIO
Ofereça-me o
novo, mas atente,
sem pretensão, de olhos vendados
parecerei
alheia na multidão.
Em vão pensas no que me contente.
Bem
sei dos meus sonhos velados
e do que resvala na minha mão.
Dirás mudanças de hormônios,
ressentimento dos desacertos,
medo, preguiça de recomeços,
perda, anulação dos neurônios.
Diga o que quiseres, o que vem
terá que exceder-se na sedução,
para sobrepor-se ao que me contem.
Não bastará só um ensaio de maturação,
pois me componho
assim,
flor do vento, aspirando
aragens
e dançando sob as luas.
Só
em mim resplandecerá o movimento,
o sentido dos deslizes
entre as pedras nuas.
Mesmo retendo o que já vivi
feito um diamante,
o que pode ser ainda
me desadormece;
volto à nascente da alma, me faço errante,
ainda reverencio e acolho
o que me estremece.
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