Houve
a transparência,
o
querer, a intenção?
Tudo
cala.
Desenha
o sorriso,
apruma
o porte,
explode
em gesto,
dança
um tango.
Feito
moldura
sobressaindo
à tela
inexpressiva
a desatentos.
Sem
lágrimas nem dores,
denunciando
impenitente
o
que permanece
atrás
do vidro fosco.
Somente
a ti pertence
a
ferida pulsante
da
lembrança.