às paredes represadas,
enquanto insiste o peso
inerte do que me impõem,
desejo mãos desatadas
e o ar que precede a chuva.
Na memória cheiro de brisa,
instinto cruel e bendito
que me anseia, que me salva.
No rastro do passado presente
verdeja ainda a semente herdada
e faço esteio, morada.
Semente contida, viva,
moldando meu sono,
minhas noites, meus sonhos...