Existiu obstinado um trajeto,
guia interno (assim nascido?).
Contra um desígnio abjeto
de perecer ao preestabelecido,
tal qual Prometeu me
apossei
do fogo dos arrebatamentos.
Inebriada me arremessei
tola, a absorver desalentos.
No desvario dos impulsos,
busca a razão a prudência.
No íntimo, desejos
dispersos,
envoltos em transcendência.
Deixei-me exposta à
vontade,
à fome insaciável dos
abutres,
lido às vezes com a
insanidade
e com ímpetos
transgressores.
Protejo-me então,
autoaliança.
Cansei da atuação
tolerante.
Não sendo Deus ou uma besta
norteia-me o ofício perseverante.
Uma resignação infinita que
gesta
na escolhida solidão a
temperança,
a renovação perene da esperança.