domingo, 12 de outubro de 2014

MINHA MENINA


Pego no colo,
embalo.
Enxugo as lágrimas,
sorrio.
Levo pela mão,
brinco,
também me leva.
Voamos em asas
de gaivotas.
Mostro essa vida,
às vezes calo.
Quero-a solta,
ela se enrosca
em indagações.
Liberto-a.
(Que nas descobertas
aconteça o riso
e disfarce o amargo
da não ressonância,
risco constante).
Há o tempo.
Sem reconhecê-lo,
ainda deixo
essa menina
dançando à toa
dentro de mim.


SEMENTES DE UM OUTRO TEMPO
(GERMINAÇÃO)

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