Adentro até minha parte
insana
e encontro apenas respostas.
Parto tão breve como
chego,
aparto-me o quanto me
aproximo,
corto os pés nas lanças
que espalho
deliberadamente, algoz e
vítima
do meu próprio delírio.
Não desassocio a sede
de vida
do meu estado de poesia
e faço alimento
incondicional
o que retenho e me
basta assim.
Incompleta e
desajustada
agora recolho o
vestígio do que sobra
e junto aos grãos
acumulados
protegidos por uma só
crença
(será possível, será
possível...)
Anestesio as feridas
com o sal da noite
e me convenço, irá
passar. Durmo então.
Não descreiam os
amantes,
nem desdenhem os tolos,
maturo o que despertará
em tempo
e ainda gritarei como
Maiakovski:
Ressuscita-me! Nem que seja
porque te esperava como
um poeta.
Ressuscita-me! Nem que
seja só por isso.
Quero viver até o fim o
que me cabe!
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