Que a vida nos proteja
e ampare nossa carência
e toda fragilidade seja
cuidada com decência.
Que seja tateada tal pétala
e não abatam o que sente
feito lixo, coisa anômala,
dispensável, incoerente,
exposto e discriminado,
vulnerável, confinado
na falta de condução.
Sozinho, contentável
com migalhas, restos,
à mercê do indubitável,
dos caminhos opostos,
da atenção permutável.
Que haja delicadeza
ao se tocar nos carentes,
não transfira rudeza,
pois existem precedentes
na lida do seu trajeto.
Se nada podes doar,
não o tornes objeto
até descobrir se bastar.
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