sexta-feira, 4 de junho de 2021

RAZÃO NA BERLINDA


 

Afastamo-nos sem ver razão

enquanto ao caos assistimos,

contendo-nos sem dar vazão

à vida que ousados insistimos.

 

Quiséramos o não envolvimento

ao que perece na baderna geral,

arrasta-nos só o indiscernimento

quando tudo se reduz a numeral.

 

Os anjos moram em quais estrelas?

De quantos amanhãs precederemos

ao defrontarmos evidentes querelas,

onde a crença para que honremos?

 

Sobrevive a entrega em simbiose

ao que ainda na alma nos pacienta.

Enquanto absorvemos por osmose

a oferta da dadivosa luz que alenta,

 

confiamos num celestial universo.

Em palavras, atitudes projetamos

e na essência todo mal é disperso.

Só com poesia a força resgatamos!


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