Afastamo-nos sem ver razão
enquanto ao caos assistimos,
contendo-nos sem dar vazão
à vida que ousados insistimos.
Quiséramos o não envolvimento
ao que perece na baderna geral,
arrasta-nos só o indiscernimento
quando tudo se reduz a numeral.
Os anjos moram em quais estrelas?
De quantos amanhãs precederemos
ao defrontarmos evidentes querelas,
onde a crença para que honremos?
Sobrevive a entrega em simbiose
ao que ainda na alma nos pacienta.
Enquanto absorvemos por osmose
a oferta da dadivosa luz que alenta,
confiamos num celestial universo.
Em palavras, atitudes projetamos
e na essência todo mal é disperso.
Só com poesia a força resgatamos!
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