sábado, 11 de setembro de 2021

SONHOS NÃO MORREM


 

De um todo rebusco partículas.

Por um caminho aos solavancos,

quisera uma cena sem máculas,

sem a prepotência dos céticos.

Como voa apartado um pássaro

no deserto árido, o desamparo

estampado nas asas minadas

mas de resistência adornadas,

deslumbro desperta um alento.

Sustentam-me traços luminosos,

nos bons presságios que atento

intensificam-se sóis vertiginosos.

Para que o sonho não se extinga

reconheça a palavra desvirginada

em partes do caos. A vida vinga

na semente da poesia germinada.


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