Às
vezes visualizo o espaço
entre
nós acentuado, morno.
Tu, que
ainda de gesto escasso
nem
sequer conteve meu corpo,
segue
menino desajeitado
nas
asperezas se escondendo,
encolhido,
com receio de tato
em vãs
desculpas se perdendo.
Tu, que
quase não me beija
e o meu
toque estranhas
saiba, há
devoção que queima
e guia
minhas entranhas
Que
norteia todo o tempo
meus
pensamentos como teimas,
só vejo o
eterno sendo
pleno,
quando viva me deixas
Será que
de mim te lembrarás,
quando te
chocar meu rosto?
Quais
marcas dele fitarás
do real, do passado, o oposto?
Tu, memória
que ilumina
as
alternâncias dos dias,
tem o
tempo que domina
minhas
agoniadas fantasias,
quando
todo te conheço.
Na estrada
infinda forrada
de
histórias antigas amanheço,
no úmido
da chuva derramada,
sorrindo
antes do café ...
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