segunda-feira, 13 de abril de 2020

DAS NOITES INSONES




Acontece às três da manhã
de forças estranhas do mal
nas trevas se manifestarem?
Ligo não! Poetas se despem
de lamúrias, encaram acintes,
autodesafios e se enredam
no pertencimento da noite.  
Não há mornidão que eu aceite
quando pressinto a poesia
neste meu ciclo biológico
atípico e desregulado.
O cheiro orvalhado espalhado  
e o silêncio velado, me sustentam
e ressuscitam a leveza
que minha alma clama.
A rede antes da luz me divisa.
Desfadigada derramo o poema.
Um suspiro redentor
e me integro à aurora.
Vivificada  e salva!

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