A fome e a
sede de doces palavras
denunciam o
sonho e o meu desejo.
Quero voz para
libertar as amarras,
minha ânsia delira
no que versejo.
Como
desassociar de mim o espaço
onde
perfazem mil eus e seus rumores?
Arrasto as
dores e nas almas me embaraço,
assumo como
meus os seus temores
Céus! Concedam
que em mim se recicle
todo o mal
que os incrédulos germinam.
Seja eu
poeta, aquele que ciente permite
se formar na
essência o que ensejam!
E quando em
mim o desalento acumula
o resto, a
ira, a revolta, eu também lamento.
Ordeno, separo
das palavras o que anula
o encantamento,
e lanço ao dia renascimento!
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