Eu e
mais eus,
atinados
sutilmente
na
laboração dos anos
na constatação
mormente,
ausentes
de danos.
A expectativa
comprova
e anuncia
a descoberta,
espreito
voraz o que renova
e no
meu âmago desperta.
Não
haverá aquele que sacia
enquanto
assombro provoca.
O meu
silêncio denuncia,
perecerá
o que sufoca.
Jamais
no outro invadirá
o que
só em mim conflita.
Do
outro não cumulará
a voracidade
que me habita
— Não deduzas, não bastará
o dedo
em riste, não aponta
a inspiração
que encontrará
na solidão
qualquer afronta.
Porque não
a sinto. Não solidão —
Perdão,
não te subestimo.
De ti
recolho as sobras
e as
reinvento no íntimo
enquanto
ditas as letras.
Eu e
meus eus
integramo-nos
nas noites
e digladiamos
às vezes.
Surgem
convergentes
lançando
novos matizes
virgens
e nus entre lucidezes.
Com mil
facetas contornadas
devastam
meus quereres.
Visto-os
de essências serenadas
e
nos comungamos absolutos.
No
poema gerado em harmonia
surpreendem-nos
os arautos:
mais
um milagre ao raiar o dia!
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