Referências
as teve
Sem
querer as absorveu
E chegaram
assim,
Pelos
tios, o avô,
E de
tudo ficou um pouco
Do
tio, cantando sempre
A mesma
música italiana
e
rindo alegremente
Juntando
as crianças
Para
uma volta de carro
Do
avô a sisudez
O
arrastar dos chinelos
No
assoalho encerado
A
sopa de feijão sorvida
O
cachimbo enfumaçando
Os
corredores
O
afago no cachorro
As
poucas palavras
A
não ser no dia de Natal
Quando
havia vinho tinto
E o amor dele transbordava
junto ao funil da multiplicação
A
rotina seguida
Com
retidão
E
obediência
Se
na casa recendesse
O
sabonete do banho
O
pai em casa, que lenitivo!
Na
ausência, a apreensão
Pelo
que haveria
E também
seria rotina
Depois
do almoço
A menina
fazia as tarefas
Da escola
no parapeito
Da janela
de madeira
Carcomida
pelo tempo
O tempo
também
Das suas
ânsias
E inquietudes,
Ensimesmada
E já
registrando
Os primeiros
poemas
Às
seis da tarde
As
crianças se ajeitavam
Aos
pés do avô
E do
rádio que só podia
Ser
ligado nessa hora
A
Ave-Maria...
E ao
soar dos sinos
Todos
rezavam
Pelo silêncio
Do
restante das horas
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