sexta-feira, 28 de maio de 2021

MATURA


Já vesti a fantasia do cárcere,

dilacerei a vontade e a carne,

debati-me até consentir

e levar-me à estagnação.

Já entoei um canto negro,

toquei pés frios e impotentes,

exagerei a culpa imposta

até esquecer qualquer reação.

Agora basta!

Preciso da fantasia

do inesperado.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário