sábado, 24 de julho de 2021

MEU SILÊNCIO


 

Hiberno às vezes,

sei que preciso

preservar a essência,

a que restou dos reveses.

Em meio à resiliência,

ao afrontar o inconciso,

alieno-me em socorro

do que me é sagrado

no instante em que choro.

O impasse deflagrado

também aponta rumos,

(entre as sombras

há o sentir santificado

exposto em metáforas,

fluindo em húmus).

Esgoto em compaixão

recorrendo ao subterfúgio,

o de mim me apropriar.

Que venha o presságio

do amor a me contagiar,

pela vida a ressurreição.


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