Fizeram-me acostumar a
calar.
Arquitetei e desgastei
argumentos
insistentemente, inutilmente
quando fingiram não ouvir.
Ondas refletem
infinitamente,
incorporam mansamente
a emanação massacrante
das alheias feridas
ostensivas.
Cauterizo com subliminares
e determinações
conciliadoras
nas entrelinhas das
orações.
Reciclo a névoa, recomponho
pensamentos, lapido em
poesia.
Grita mais alto na minha
mudez,
a voz que vem de dentro.
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