Abertas,
desveladas
as portas
ao que vem
desmedidamente.
As emoções
se deflagram
acintosamente
e as
dores revolvem
o acúmulo
do que sangrou
e nem
sabe se quer ainda.
Acorda,
lê sua alma, retém
o
sentimento que insiste
enraigado
e dolente.
Arranca
as amarras
e
defesas inúteis,
concede-se
ao interno
e entorna
a palavra.
Ao
cumprir o feito
inebria-se,
transpassa,
vibra,
transborda
de
amor gratuito e intenso.
Derrete
geleiras absolvidas
sem
máculas e culpas,
sem
pecado original.
Na
essência simbiótica
comungada
absorvida,
imediata
devolução.
A
poesia detém o seu papel.
Prova
o poeta da transpiração
entrega-se sem ressalvas
e pressente
para o que veio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário