Ainda estou entre.
De um louvado lado
enraizado no ventre
como fruto imaculado,
o que apascenta
e promove esperança,
o que luz acrescenta.
Do outro a esquivança,
o que vem e aniquila
a carne e a vontade,
o desalento destila
e gera a insanidade.
Sem drama no entanto,
voragem que arraste
ou me provoque espanto
pelo efeito que transveste.
—Corporifico-me ao entre
e mesclo clarão e agonia,
crio o ponto que concentre
o ápice de uma só sinfonia—
Colho a consonância enfim.
Da palavra, a poesia imantada.
Deus ainda sopra em mim,
permaneço encantada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário