Não, já não te espero
com igual ansiedade
primitiva de quem tem pressa.
Resta-me uma calma
que não é paz, nem fúria,
nem fim, nem tormento.
Estando só, até penso:
acostumei aos murmúrios
que vêm lá de fora, da noite.
Sei ainda, serão diversas
as horas em que faltará
o afago da mão amiga.
E tu, coisa ou ser indefinido
da motivação da espera,
sei, não és amor nem morte.
Talvez o desejo de no final
contemplar-me - Eu Ser –
para encontrar nada
ou então descobrir o universo.
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