Deixa-me acender as luzes
de
vaga-lumes que rodopiam
com
as crianças na noite.
Deixa-me
voar o voo
de
beija-flor cintilante,
a
sugar o néctar escondido.
Deixa-me
estar no teu olhar,
calidamente,
magicamente.
Deixa-me
emergir no dorso
de
baleia, reluzir ao sol,
mergulhar
no ar e mar.
Deixa-me
brincar nessa dança,
sem
delimitar espaços ,
sem
fixar tempo
ou
medir passos.
Quero
seguir o movimento
transbordante
de vida.
Quando
então inventarei
um
ritual de amor,
deslumbrada
e imaculada.
Aí
enfim, seremos compensados
do
suplício do casulo
e
poderemos sem medo, exibir
nossas
asas de arco-íris.
Que
seja concebido o fruto
retido
nas entranhas,
pois
toda energia transmutará
a
dor em explosão irradiante,
vibrará
junto aos anjos
e
ressonará pelo universo.
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