Renda-se
e beba do meu copo,
partilha
tudo sem receio,
toma
sem pedir meu corpo,
suga
dominante meu rumo
e
muda com um sorriso
um
caminho errante, meu rumo.
Te
permito invadir temores,
meu
tempo, meu pranto,
se
fazer irrecusável direção
para
quem como eu, abraça ilusões.
Te
permito invadir-me
e
descobrir quente estio
na
transparência do orvalho.
Depositado,
ficará à tua mercê
o
casulo do que hei de ser,
a
ânsia e o conflito nas noites
e,
também, a calmaria e o repouso
de
um guerreiro farto de orgasmos
desperdiçados
em solo pedra.
Beba
do meu corpo,
suga
meu sumo encoberto,
arranca
essa mágoa, esse medo,
resgata-me,
pois
extravasa e escorre
a
vida em mim.
do livro Do Parapeito Vital
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