A
cada seis minutos
uma
partida. Vem de amigos,
filhos,
irmãos, ininterruptos
soluços
inibidos de afagos.
A
cada seis minutos
forçosas
duras despedidas,
corações
perdidos em lutos
por
sementes desprendidas.
A
cada seis minutos
a
validação da fragilidade.
Pela
imposição dos brutos,
os
seres em vulnerabilidade.
A
cada seis minutos
sangra
um peito agoniado,
estuário
de fatos propostos,
sequelas
do ódio irradiado.
A
cada seis minutos,
a
constatação vil do poder,
lançando
embustes funestos
para
a perversidade esconder.
A
cada seis minutos
a
insensatez mostra o escárnio,
da
irresponsabilidade os frutos
dos
quem pregam o extermínio.
A
cada seis minutos
vários
Pilatos lavam as mãos,
o mal
espalha seus produtos
determinando
esforços vãos.
A
cada seis minutos
o
desfecho, a dor, o desespero,
avalanche
de sonhos proscritos
e
vidas valendo menos que zero.
A
cada seis minutos
a
urgência de propósitos absolutos.
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