Despretensiosamente eu tento
não classificar o que escrevo
mas me espanta o que invento
uno-me à emoção e me atrevo
Descubro permissiva narrativa
nas entrelinhas dos meus versos
na passagem aberta e imperativa
denunciam segredos dispersos
Também sublimo sutil drama
e por mais que eu force o riso
espelha o íntimo que derrama
artimanha usada em desaviso
Procuro me nortear no lírico
e recriando cruéis realidades
o que imito de modo empírico
reflete amores e fatalidades
Que planejo fazer? Não imponho
e vêm em avalanche as palavras!
Enquanto penso que as componho
soberbas juntam-se em metáforas
Iludo-me ao crer que as domino
se tresloucadas se embrenham
dentro, fora, no que descortino
e são fiéis ao que testemunham!
Solto-as então! Que sejam livres
e sujeitas a que outros ao lerem
determinem apesar dos pesares
os valores do que elas proferem
Vânia queria as horas vazias para dedicar-me a descortinar-te. Mas vez em quando burlo as regras e fico no teu mundo mágico viajando. Nem parece que resido em universo tão tóxico, respirar nas suas linhas é mais fácil.
ResponderExcluirLesni querida, emocionada com tuas palavras! Poesia é para isso mesmo, o universo é nosso, pode viajar. Gratidão!
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