Quero
abraçar de vez
minha
insanidade.
Vagar pelo
concreto da noite,
beber de
lábios meninos,
aliciar-me a
virgens manhãs,
despojar-me
da máscara,
do invento
da hipocrisia,
adulterar os
rumos,
transpor o
medo
de ousar
transparências.
À euforia da
minha dor adentrar,
absorver
soltos versos,
extasiar-me
louca,
quando o
fruto
desprender
maduro
das minhas
entranhas.
Hei de entregar-me
ainda,
cúmplice que
sou
do que paira
absoluto.
Ainda que
perdure impiedoso
o formigar
dos sentidos,
a
paralisação da memória
e enquanto
bastar somente
essa vontade
de palavras,
a limitar o
tangível,
a desejada
definição
de viver
poesia.
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