quarta-feira, 21 de outubro de 2020

AUTÓGENOS E EXÓGENOS POETAS


Duais conscientes

levitando em produtos

colhidos e armazenados,

assumidamente loucos.

Desatinados sem culpas

a exibirem escancaradas

impressões e rastros.

Enquanto o poeta devaneia

os pseudo detentores

da lucidez detonam

essências primordiais.

Que se outorgue o prazer

na loucura destemida

dos ousados que se excedem

derramados em versos.

Utópica forma de permissão

do sentir com intensidade,

farta entrega intuitiva

sem averbação da razão.

Um mundo inventivo

onde vaga na felicidade

legítima e admissível

em legado e desapego.

Imprudente é aquele

que define o equilíbrio

apontando-o como alienado

e único desarrazoado.

Desprovidos de sensatez?

Armados de palavras?

Quem diz da normalidade

contrapondo-se à insanidade?

Que prevaleçam os poetas

nas suas quiméricas loucuras! 

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