sexta-feira, 9 de outubro de 2020

MINHA MENINA


 

Pego no colo,

embalo.

Enxugo as lágrimas,

sorrio.

Levo pela mão,

brinco,

também me leva.

Voamos em asas

de gaivotas.

Mostro essa vida,

às vezes calo.

Quero-a solta,

ela se enrosca

em indagações.

Liberto-a.

(Que nas descobertas

aconteça o riso

e disfarce o amargo

da não ressonância,

risco constante).

Há o tempo.

Sem reconhecê-lo,

ainda deixo

essa menina

dançando à toa

dentro de mim.

 

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