Como
se parte?
No fundo já fincamos
fatal
lança que arde
e silêncios
choramos
Nosso
coração aflito
consagra-se
ao fel
junto
ao descuido maldito
do abandonado
ao léu
Como
se parte?
Se desatinados
já declaramos
fartos
desejos pra descarte
e na
desordem adentramos
Percebe
o desacerto?
Não
existe propósito
para
o que se fez deserto
no percebido
insólito
Voltemos
ao tempo.
Quem
sabe achemos o fio
arrebentado
no tento
vago
ao negar o desafio
Inútil
e perdido decreto
para
o que já foi largado
sem anúncio
concreto
e lentamente
estagnado
E me
perguntas ainda:
como
se parte? Mais dói
ao pretenso
cego; o que finda
agora
é só parte do que já foi
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