quinta-feira, 2 de julho de 2020

SUTILEZAS INDELÉVEIS



Por tudo hei de ser grata.
Pelo recebido sem procura
pelo acolhida inesperada
pelas cartas sem rasura.

Pela lágrima caída no escuro
pelo regido simples na manhã
pelo beijo roubado inseguro
incitando uma atração pagã.

Pelo encanto despertado
nas alamedas esverdeadas,
do vinho tinto degustado
entre as folhas permeadas.

Por tudo hei de ser grata.
Pelas palavras emocionadas
que nem o desrumo detrata
o imã de paixões impulsionadas.

Do que segue intenso irrestrito
na ânsia do momento permitido
só o amor puro pode ser descrito
inteiro, sem subterfúgios vertido.

Quando pressentimos a vida
Nas sutilezas de cumplicidade
é marca indelével na alma retida
a cura de luz de nossa eternidade.


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