Nos
olhos a esperança
e
uma tristeza escondida.
Marcas
de insegurança
e de
força subentendida.
O
sangue aberto e doado
sem
troca, distribuído,
iludindo-se
atraiçoado
e pela
miséria destruído.
O sorriso
contagiante
de
quem amanhece
dele
armado diante
da mágoa
que a dor tece.
E
mesmo tendo esperança,
o sangue
farto, o sorriso,
a pureza,
a pertinaz força,
mantinha-se
em sobreaviso
Cuidado
filho, a mãe dizia:
não
dê pano pra manga...
a precisão
do medo o submetia
a remoer
a revolta tanta.
Humilha-se,
mão na cabeça,
olha
para baixo, não se envolva,
não
importa o que aconteça
a
tua humanidade esconda.
Jaz
desfigurado no concreto,
ignorado,
sem motivo aparente,
após
ser fortemente torturado,
apenas
mais um homem preto.
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