Fascinante como funciona a ideia subjetiva do
ser poeta!
Faz suas as dores do mundo. Antes de si, o
outro.
O uno como parte do todo, a comunhão
que
tanto se propaga, se almeja, se vivencia.
O uno que não existe sem o outro.
Repleto de compaixão recusa-se a sentir enquanto não absorver o que lhe rodeia,
enquanto não triturar a pedra e devolver cristal.
Ele não é o centro. É o que contém, o que
matura, o que abrange, o que devolve, o que aparentemente pretensioso se isola
às vezes para não ferir (aguardem,
vou
processar e transmutar a dor, ressuscito talvez nas palavras,ou me suicido quem
sabe)
o que recolhe todo o objetivo coletivo e faz dele o subjetivo.
E enquanto o eu se manifesta,
vários eus compartilham o pensamento:
“Eu sou, como nós somos”...
Eu deixei-me transparente
cordão,
o mesmo que desde
embrião
me une a todos.
Eu, a primeira pessoa
contendo
consentidamente
– tu, eles, nós”
Nenhum comentário:
Postar um comentário