Há quem nos suponha
tal freiras em flagelo,
munidas de vergonha
presas em monastério.
Nem de longe imagina
o vigor em luas úmidas,
acaloradas em surdina,
das histórias vertidas,
das pequenas mortes
julgadas só platônicas,
mas decerto recortes
de memórias icônicas.
Em devaneios profusos
liberados na clausura
vêm sonhos audaciosos,
replenos de aventura.
Em tudo nós somos duais.
O vero ser que nos habita
é livre de itens contextuais.
Parece mais figura utópica
do que iluminadas em torpor
inventamos. Não morremos
na vil realidade, no horror.
Na poesia nos concebemos.
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