Mamãe, nos últimos
lampejos de lucidez
beijou-me dizendo
— Estou indo viu?
E foi. Mas não.
Na madrugada,
dançam luzinhas
nos meus olhos.
Deixo ao tempo
anunciar o que vem.
Disfarço tal criança
fazendo arte.
Livro-me do sono,
entoo baixinho
uma canção
para abrandar
a aflição
da saudade.
Vivo o agora.
Nego despedidas
no coração.
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