sábado, 6 de março de 2021

SEGUNDA VISÃO DA AUTOESTIMA


 

Escolho o princípio

que está na veia pulsante,

a inflamar na alma sempre

o lúdico papel poético sem pudor,

a vencer o martírio do silêncio.

Escolho o princípio

que está no fatal vício,

porque não da ilusão da palavra,

a injetar a verdade nas mentiras

e a afastar os medos no cruel real.

Jamais o arrependimento corrosivo

que anula o trajeto do voo da emoção,

aniquila a visão do mistério do advir

e os versáteis rumos do vagar.

Toco os extremos dos excessos,

modelo a massa que me cabe,

amplio toda essência e acato a sina:

a de ser a pena suja de tinta

protagonizando o claro clima

a recepcionar o interno verso.

Insano, mágico e místico modo

de viver no sonho e perceber

o crepúsculo nas auroras.

 


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