Adentro
por essa porta,
convite
aberto
do
teu olhar.
Tateio
ainda,
misto
de medo e ansiedade.
Espantada
pelo acaso (?)
nos
permito
degustar
o momento
com
percepção de detalhes,
o
arrepio incontrolável
que
magnetiza sem escolha.
Também
me guiei
na
multidão
num
reconhecimento
de
transparência.
E
estranhas
porque
te vejo além?
Meio
bicho, meio anjo,
menino,
homem, poeta,
entregue,
inteiro.
Adivinho
o tato
e
disfarço o descompasso
desordenado
da emoção.
Penso
no inevitável,
meu
rosto moldando teu riso,
teu
desejo me iluminando,
ressuscitados
nessa
louca simbiose.
Adivinho
o abraço
depois
do voo altaneiro
que
cruzará a noite.
Pressinto
a aurora.
E
nos percebo desde já
fatalmente
calcificados
nos
nossos olhos.
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