Já dizia uma sábia mulher
vivida:
enche a boca d’água e não escutes,
não permitas a ferocidade
sorvida
alavancar rodamoinho de embates.
Não há resposta na hora da
raiva,
reprime o choro que te
avassala.
Tua certeza por mais que
evasiva,
no momento será o que
apunhala.
Nenhuma justiça será perfeita
diante da palavra que
esbraveja,
toda atitude se manterá sujeita
ao furor da mágoa que craveja.
A vivência do que já foi
harmonia
tornar-se-á esquecida e
sepultada,
ao entranhar-se o fio da discórdia
nas vozes com violência exaltada.
Todos tem razão nas suas
queixas
e todos a perdem na
brutalidade.
Falta de diálogo, as duras
ofensas,
jamais conduzirão à
assertividade.
Quando se põe o rancor à
frente
esquece-se da necessária
leveza.
Que resista a outra face inerente
ao amor. Condiz com a
natureza.
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