sábado, 20 de fevereiro de 2021

SÚPLICA


    

 

Quando teimosa reclamo da tua ausência,

não penses que é fruto da temida solidão,

nem quando choro saudade na clemência

de um alento que desfaça sentida mornidão.

 

Rememoro a cumplicidade dos momentos

singelos, intensos, loucos, assim me basto.

Viajo no meu mundo isento de tormentos,

asas abertas receptivas a um sonho vasto.

 

Quando eu peço, te imploro, vem comigo,

não é para ocupar um lugar, nenhuma falha.

Na viva poesia me regenero, encontro abrigo.

 

Quando eu deliro e rastreio nas insones noites,

estejas convencido da magna fé que orvalha.

Vem, mesmo para lembrar o quanto real fostes.


Nenhum comentário:

Postar um comentário