Bate, bate sino,
entra naquela casa
onde nem o vento alcança
e as lágrimas são
reprimidas.
Bate, bate sino,
deixa que o teu som
enfrente as portas de
vidro
onde a justiça está
fora.
Bate, bate sino,
Grita sino.
As vozes se cansaram
a estrada é árdua
as promessas traiçoeiras
a fome intensa
a paciência limitada,
crianças jazem inocentes
sob as balas perdidas.
Bate, bate sino
anuncia que o dia pode vir,
que a nossa bandeira hasteada
fará as mães sorrirem
e ainda podemos confiar
no que chamamos de irmão.
Anuncia que os ruídos
cessaram
que a mão escrava é
liberta,
os olhos foram
desvendados,
a liberdade não é sonho
e os párias foram
dizimados
da legenda do poder.
Ah, quanta força, quanto
suor
para movimentar as
cordas.
Quanto sangue e quanta
miséria
para ouvir e louvar a
vitória,
Bate, bate sino
que há muita gente a
espera
Nenhum comentário:
Postar um comentário