Esperei
no morno
da
placenta
um
coração pulsante.
Esperei
arrastando
o peso
do dorso ereto
o
alcance permitido.
Esperei
o plantio
de uma
base para seguir.
Esperei
por trás do vidro
esgotar
o medo
de
romper desígnios.
Esperei
brotar em mim
o que
mais fizesse sentido.
Assisto
em estado letárgico
os dias
irem, como se houvesse
tempo e
respostas.
Morro
um pouco
diante da
voragem dos cegos
e das
notícias derrotistas.
Miraculosamente
ainda
busco a terra adubada,
um oásis
acolhedor
para as
minhas virtudes.
Onde eu
enterre
desencantos,
celebre
os sonhos
e viva
poesia.
Isso é
esperança?
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