Os olhos que observam
o lado de fora,
o outro lado,
o que abeira,
assim como a poesia
e seus mistérios,
dizia o poeta
do mistério das
coisas.
Juntar as
palavras,
como olhares furtivos
que se encontram
por sorte ou acaso.
O que restará
do filtro, da lente,
senão o absorvido?
Até as feridas
hoje são reflexos,
reminiscências,
relicário farto
do enredo traçado
desde sempre.
Solta nas minhas veredas,
exploro o desenlace
das escolhas perenes.
No santuário outorgado
pela vida desintegro,
nada sou.
Há só o que vi
do outro lado.
E isso é farto.
“Quiero
lhorar porque me da la gana como lhoram los ninõs del ultimo banco porque yo no
soy um hombre ni um poeta ni una hoja pero si um pulso herido que sonda las
cosas del outro lado”
Garcia
Lorca
Nenhum comentário:
Postar um comentário