Enquanto
proclamam
as mortes
em chamas
mentiras
se esparramam
esmeram-se
nas tramas.
Comodamente
acreditamos
na
inexistência do lado
mais
bestial, desdenhamos
do
lado infame retratado.
Lavamos
simplórios as mãos
pelo
que também causamos,
atribuindo
aos supostos pagãos
o saldo
das perdas e ganhos.
Do
que foi dizimado
o
que ficará na lembrança?
Diante
do consumado
na destruição
a mudança?
Enquanto
evocamos a paz,
fingimos
normalidade
apegados
ao que compraz
negamos cumplicidade.
Assistimos
aos mortos vivos
escondendo,
mascarando os fatos
aos que
se mostram passivos
e
não se manifestam aos atos.
Comprometida
a sobrevivência
para
o caos somos arrastados,
rebatemos
com subserviência
pelo
conformismo e dor guiados.
Aceitamo-nos
vilmente subestimados.
Ofuscados
nos armamos de ignorância
enquanto
consentidamente calados
decrescemos
a fatal consequência.
Ficam
na terra todas as heranças.
Esquecem
friamente e com sordidez,
do futuro,
do amanhã, das crianças,
dos
filhos que nascerão na aridez.
Semideuses
bastardos de fé desgastadas,
destruídos
pela cegueira, na inconsciência.
Em
tempo, não nos limitemos a mãos atadas
enquanto a natureza morre pela ganância.
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