Sombras prostradas
que se arrastam
carregando o cerne da dor
Não ousam olhar nos olhos
para não contaminar
os que se dizem sãos
Ínfimas partes, e de joelhos
Imploram um futuro
Acatam as explicações
e curvam-se
aos donos da verdade
Anseiam por respostas
à luz dos fatos
em busca da clareza
Sombras condenadas,
apartadas.
Os filhos dos filhos
ouvem as histórias
que na imaginação inata
convertem-se em lendas
Reencontram-se
todas as noites
para juntar os ganhos,
soar barrigas vazias
e se amontoam
sob os cobertores imundos
Só crianças invisíveis
tentando formular
novas virtudes
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