terça-feira, 1 de setembro de 2020

ÁGUA VIVA


 

Sigo rio

que transborda

avassalador

No instante

invado terras

áridas

e fecundo

querências

adormecidas

Sangue vívido

transpassa

o que une

todas as glândulas

O corpo vibra

desconhece

rumos

se desfaz

Despercebida

brota a lágrima

despejada

do poema

inconsequente

despretensioso

sem razão

Somente rio

caudaloso

turbulento

onde me deságuo

e transparente

me indefino

A água viva

da emoção

me faz

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