Não
mais vinte e quatro horas
têm
esses dias
que
se arrastam opacos.
Têm
o peso de anos,
torpor
de lágrimas arrancadas,
um
se perder nas estradas.
Têm
a fome do andarilho,
a
ânsia do indagador,
o
oco do aborto,
a
clareza do excesso.
Esses
dias têm subvida,
tique-taque
de relógios,
sirenes
de fábricas,
embargos
de crepúsculos.
Querência
de amanhecer
e
distante sensação
de
sonho e brisa.
Não
mais vinte e quatro horas
têm
esses dias.
Multiplicadas
horas
de
sentida ausência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário