Resvalam
nele sem piedade
os
excessos descartados
e ele,
em total permissividade
escolhe
os desesperados.
Acata
para si com destemor
e transmuta
com placidez,
disfarça
na face o desamor,
no
limbo joga a sordidez.
Ao
resgatar os náufragos
celebra
extasiado a epifania
com palavras
feito afagos.
De
que latente alquimia
compõe
o âmago desvairado
mais
do que vasto do poeta?
Quando
absorve o espreitado,
a servilidade
tem como meta
a
submissão como estado,
e já
sabe o entranhável das margens.
De
que encantamento, qual sina
ao missionário
poeta se destina
ao se
apropriar de alheias bagagens
e se
deixar catarse das alegrias e dores?
Nenhum comentário:
Postar um comentário