Para Caio Fernando Abreu
Na aparente
desordem
do movimento
dos corpos,
extasiado
contemplo
o absoluto
da noite.
E nesse
absoluto imutável,
onde meu
corpo se move
em constante
noite,
a desordem
não é, senão
a simetria
perfeita
para o
milagre que surge,
assim, no
êxtase.
Recepciono o
instante
em que o
arrepio
domina os
poros
e transpassa
por mim,
a vida.
Sei, sou o
passageiro
nesse quadro
constante.
Sou o
efêmero, o pó
que ao pó
retorna.
Mas tão
completo
quanto ao
êxtase
que vinga ao
movimento,
tão
integrado
quanto ao
movimento
que se junta
à desordem,
tão pleno
quanto ao
aparente
que rege o
absoluto,
tão presente
quanto ao
absoluto
que perfaz o
eterno,
tão eterno
quanto ao
instante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário